terça-feira, 29 de julho de 2008

Pra você querida mamãe.

Você ao meu lado
é como
se não existissem lados
pra você estar.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Masturbação mental

Trazer seu perfume
pra desentristecer
meu ar
bom,
belo,
e deliciosamente divertido.

Um branco, um zero, um giz.

“Só o cheiro
do teu cheiro
não consegue
Ser tão fugaz”

Sobre homens e livros

Homens como
livros,
abstraia o conteúdo
e vá
pra próxima biblioteca.

Sobre tênis, edifícios e carmas

Sem ver o por do sol.
A razão é a de sempre,
sempre a mesma.


O edifício que esconde o sol
está próximo demais de você
e longe do sol
ou próximo demais do sol
e longe de você.

Sobre tênis, edifícios e carmas.

Via uma parte,
a que não era encoberta
pela boca da calça
Boca de Sino.
O que eu desejava ver
era o que ficava a desejar.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sobre nome próprio

é o nome
que vem depois do nome,
é próprio
mesmo sendo
sobre.

toca de cá, toca de lá.

Vontade de DOrmir com você
meu REmédio insubstituível
parece até MIragem
FAscinação
SÓ sei que fico assim daqui
você fica assim de LÁ
e com uma SIlaba
faz-me uma canção de ninar.

Olhos de Shinigami

Com eles
poderás ver
o que já em mim
não pode florescer.

terça-feira, 22 de julho de 2008

durepox

Junte as massas
até virarem uma,
jogue água,
pronto!
O par perfeito.

Ermo.

Faltando-me pessoas
sobrarão
as palavras.

Pêlos negros.

Quando,
não mais estiver
em minha companhia
ouvirei seus latidos
e enxergarei a luz azul
no fundo verde,
assim, adormecida e serena.

Suruma.

Ela, pode dar-te
o prazer de crer
estar no poder
e no controle,
estando assim
vulnerável
e em exposição.
Enquanto ela
controla, o seu controle.

Dourados em meio às cores.

Quanto mistério,
a pele branca
sobreposta no vermelho
quanto mais o sol ardia
mais, o dourado
brilhava.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Permita-me?!

Quando percebi
que pressupostos
sobre você
nada mais eram
que subestimação.

Notei que
você não mais
falava e me beijava
e que a chama
que estava acesa em você
era a brasa
pra minha sobreviver.

Ah! Mais que beleza de mulher
que me apaixona só quando
me quer.

A deixa foi embora

Não deixe
as deixas
não deixarem
você deixar.

Ri, Rir, Recordar, Ricardar.

Rir, quando
o resto
é pensar.

Se tudo de bom, fosse agora, tudo seria bom.

O bom em
grande dosagem
do bom de ontem,
hoje
e o bom de sempre,
Agora.

Equação da paixão

É paixão demais
Por todos os lados
E em todos os lados
Nas cores
Nas flores
Nos amores.

Sem administração
Sem saber fazer conta
Do quanto existe.

É gritar paixão
E doar paixão
E não se suportar
De tanta paixão.

Vender paixão
Compartilhar paixão
Transpirar paixão.

Gozar paixão
Alimentar-se bem
Não digerir a vida cinza
E vomitar paixão.

A paixão...
Ela não vai
Onde precisa ir
Não consegue alcançar
O que grita socorro.

Saudosista do futuro

Não mais existe
por deixar de existir.
Não mais existe
por ainda não existir.

B
aseado na saudade.

O mesmo de antes.
O mesmo de amanhã.

Inteligencianômetro

Decidido,
acreditei
eis que terei
o pior amor
pois ainda sim
será melhor
que a solidão
que permanece.

Mutável,
tornei a pensar
então vi
não me proporcionando
a verdadeira companhia
não roubaria minha única verdade
a solidão.

Mas,
pra quem gosta
de maçã
ficará com todas,
pois todas são iguais
e boas.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

pressupomos a negatividade da pressuposição.

Tenho-te em excesso
até quando
você não está perto.

Excesso, é como vício
sem controle
torna-se ruim,
ruim
de tão bom.

A situação subestima-me
e eu pressuponho
mais que devia.

Ane e o Mar, o Mar e Ane

Ane,
porque o resto
é apenas todo
o Mar.
Mar-i-Ane.

Minha constante companhia de mim.

Na falta da sua
fiz de mim
minha companhia.

Na falta de palavras
fiz dos soluços
meus consolos.

Na falta de respostas
fiz das dúvidas
alicerces.


Das incertezas e tristezas
a base
pro meu pensamento

A ausência de alegria
a razão
pra toda essa ironia.

Os risos
tornando-se
sinonimo de sorrisos.

Artificial
faltando palavras
silencio falando alto
braços cruzados,
cruzados em minhas costas
pernas cruzadas
entrelaçadas entre si

Ah!
como aquele dia de inverno
como aquela posição na cama
como aquele surpreendido suspiro
como aquela inesperada atitude
como aquele temperado beijo
como aquela temperatura
que ainda hoje habita em mim
mas não é inverno nem verão,
um misto, equalização
. Temperado.
Numa piscadela
pude ver o
piscar dela.
Desde que meus
dias não são
poesia.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Que hora é
a hora
que melhora?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Desatinar

Não ter perto
faz-me procurar
ter perto
faz-me consumir
o consumo insaciável
faz-me querer mais
matando regradamente a vontade.

A presença
faz-me consumir enquanto tenho
a ausência
torna-se chuva de desespero
rios de ansiedade
ventos de saudade
tempestades de pensamentos
ruas de solidão
palavras engasgadas
dúvidas entre um suspiro e outro
cálculos sem nenhum resultado
pensamentos contradizendo os próprios pensamentos
e você abraçando uma explosão.

A chave das sete portas

Quando não
mais agüentar
volto a procurar
o ávido desespero
de morte da sudade
e necessidade
que toma conta de tudo.


Inconstantemente, mas
as vezes mais presente
que essa ausência
Desde que não
é sempre poesia
continuo balbuciando
o que antes preenchia.
Na ausência do ardor
dos beijos
palavras ficam soltas ao vento
angustiante espera
por um resultado
como se tudo fosse
uma eterna equação.


Qual lado correr
em qual árvore parar
qual esquina não cruzar?

Enquanto tudo
continua acontecendo.
E um dia
com o mesmo sol de ontem
deixou de dizer doces e poesias
se tornando amarguras e
noites frias