quinta-feira, 25 de setembro de 2008

wandemberg diz (13:40):
mas vai ser à tarde.
ÐΣßøЯΛ diz (13:41):
mas a tarde é tão grande,
ÐΣßøЯΛ diz (13:41):
no inicio ainda tá frio e no final já tá escuro,
ÐΣßøЯΛ diz (13:41):
de tão grande que ela é.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Sombra,
um pedaço da noite que
sobra,
pra levar no dia.



a flor do dia

a flor de alegria

se fosse ana

era FLORiana.

sábado, 20 de setembro de 2008

sabe,
adoro adorar, deixa
eu
ficar adorando você?
eu
adoraria.
Nunca comi
nenhuma outra
igual a ela
percebi que viajei.
naquela maionese.
descascar doces
e jogar no pé.
da mesa.
viajando em conceitos
conceituando viagens
e/ou/ainda,
sempre um conceito, do conceito
sem preconceito.
respire,
pra me inspirar.
o tempo vai conspirar a favor,
o que eu quero ver,
você vai me mostrar, sem nem perceber.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Eu aprendi

que eu queria
desaprender.

Eu aprendi

Que eu realmente
tenho medo
de ser inocente.

Eu aprendi

que eu preciso admitir erros, mesmo que o orgulho
faça-me lacrimejar,

choramingar,
lágrimas salgadas.
não é contagiante.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Intensidade com S.
S de sensibilidade
não me faz sentir pouco.
Sinto muito.
Uma dose de carinho,
e uma grande porção
de pequenas emoções.
A maldita insônia
de esperar
o amanha chegar.

Segunda-feira.[1]

Uma menina
um canudinho
e o coco verde.

Segunda-feira.[2]

Um mendigo
uma parede
e a bola amarela.

Segunda-feira.[3]

Um céu
uma nuvem
e o sol alaranjado.

Eu estava viva


E foi assim que começou a música de quando eu tinha quatorze anos, o nome daquela música era o nome da pessoa que saísse de mim ganharia. Passaram-se quase cinco anos eu torno a ouvi-la.
E o lugar mais propício pra eu acender aquela vela qual era? O quintal, voltei pro quintal após ter tomado uma xícara de café, e o som daquela música era mais que contagiante, embalava na balada que insistia em abalar eu comecei a entrar quase que sem sentir ou sentindo demais meu corpo seguindo o movimento daqueles instrumentos de cordas e sopros.
Eu me sentia viva cada vez que eu colocava os pés no chão, o meu pé quente e seco com a sujeira que expelia do chão do quintal, o vento batia e batia com a força do vento aliado com os movimentos fortes das folhas da bananeira, ventando, esquentando, o sol aquecendo, e meus pés pulando, e o vento levava meus cabelos que estavam soltos por ser a hora em que eu acabara de acordar.
Era como se onde eu estaria naquela exata hora houvesse muita ausência de gravidade, e aquela dança tomou conta de tudo, fomos eu e ela acontecendo, à medida que ela ia tocando eu ia me revigorando, renovando, dançando, girando...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

conclui que
eu realmente
gosto de rir.
alguem que sinta o que é sentir.
e saiba diferir.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

com tanta água limpa
em comunhão com água suja
tudo cristalizou-se.
A cobra criada
não passa frequentemente
no mesmo lugar,
sabe que assim
não vai comer seu próprio rabo.
Essas palavras
cheias de discordância
e ausentes de conclusões.
eu em êxtase
quero falar mais.
A ferpa,
que insiste em habitar
o mesmo corpo
que eu.
Ah! Os comprometidos
com a tarde.
Como traria
todos pro lado de cá?

A manhã de hoje

a contente miopia
de ver tudo detalhado
entre cabelos não muito curtos,
lisos e castanhos
o foco
do verde vivo.

Morgana moderna
morgando
como Monalisa
na monografia
sobre o monoteísmo.
Essa ansiedade
que me tráz inquietude
me deixando dentro
da ofegante euforia.
E no relógio os ponteiros parados.
uma grande e constante
quantidade de paixão

pelo motorista e pelo cobrador
pelo carpinteiro e pelo zelador
pelo lixeiro e pelo passageiro
onde guardar essas breves paixões?
ao redor
de pessoas,
eu transbordo.
Ah! que grade a tristeza
de carregar meu coração
até quando ele se acaba
numa nítida explosão,
eu desfazendo dele
ele incandescendo em mim.
Um pouco de tudo
que chega a quase nada,
como poderia eu
continuar a nadar
lado a lado de um peixe
sem origens
num imensidão
infindável de mar,
com tantos risos
e choros
advindos, do nada.
Você,
não é o ser,
que pensa ser,
não é o ser
que fala ser

você,
projeção de fatos
você é o ser
que não sabe que quer ser
sua consciência
chama-se inconsciente.
...a diferença
é que esse ônibus
é um espacial especial.
Como é lá?
onde todo mundo vai
quando vai embora.
O amor
sobre belos móveis,
entre plumas
e vigias.