quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Eu estava viva


E foi assim que começou a música de quando eu tinha quatorze anos, o nome daquela música era o nome da pessoa que saísse de mim ganharia. Passaram-se quase cinco anos eu torno a ouvi-la.
E o lugar mais propício pra eu acender aquela vela qual era? O quintal, voltei pro quintal após ter tomado uma xícara de café, e o som daquela música era mais que contagiante, embalava na balada que insistia em abalar eu comecei a entrar quase que sem sentir ou sentindo demais meu corpo seguindo o movimento daqueles instrumentos de cordas e sopros.
Eu me sentia viva cada vez que eu colocava os pés no chão, o meu pé quente e seco com a sujeira que expelia do chão do quintal, o vento batia e batia com a força do vento aliado com os movimentos fortes das folhas da bananeira, ventando, esquentando, o sol aquecendo, e meus pés pulando, e o vento levava meus cabelos que estavam soltos por ser a hora em que eu acabara de acordar.
Era como se onde eu estaria naquela exata hora houvesse muita ausência de gravidade, e aquela dança tomou conta de tudo, fomos eu e ela acontecendo, à medida que ela ia tocando eu ia me revigorando, renovando, dançando, girando...

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